A traição tinha sido ajudada por um grupo de amigos do falecido, aos quais o defunto recorreu para arranjar trabalho à sua amante e para encobrir a situação. Um dos seus amigos ofereceu-lhe trabalho e o falecido pagava o ordenado, através de um sistema de facturas por serviços a terceiros. Os ordenados da amante saíam directamente das contas bancárias da empresa do morto, com valores que variavam entre os 3 e os 4 mil euros mensais.
A viúva nunca soube no caso de infidelidade do seu marido. Só quando foi viu o valor que tinha ficado estabelecido na herança para uma mulher que não conhecia, percebeu o que se passava. Recorreu a tribunal, mas a decisão foi-lhe sempre desfavorável e é agora obrigada a pagar 36 mil euros. Um valor ainda maior que a herança deixada à própria viúva e aos seus quatro filhos, que ficaram com apenas 32 mil euros.
Na opinião dos juízes ficou provado que não era uma relação esporádica e que os cheques assinados pelo marido provam a doação dos valores como sendo livre e espontânea vontade.Fonte: IOL Diario